Entre Operação França e Rebelde Sem Causa, “Supermarket” é justamente considerado um clássico cult do cinema alemão.
Willi vive nas ruas de Hamburgo, sempre fugindo. Ser protegido por um jornalista bem-humorado que tenta ressocializá-lo não o impede de se meter em encrencas. Ao mesmo tempo que se envolve com o vigarista Theo que o faz trabalhar nas ruas, ele se apaixona pela prostituta Monika. Willi surge com um plano perigoso que permitirá que ambos façam a sua última grande fuga.
Não fazer de seu protagonista um caso de assistência social, mas romantizá-lo como um fora-da-lei do tipo James Dean, era algo inédito no cinema alemão da época. “Supermarket” foi o primeiro filme a retratar a realidade social de forma tão envolvente. Por mais que seja um filme de ação cuidadosamente orquestrado, a obra engloba as esperanças de uma geração de jovens que se consideravam incompreendidos e rejeitados e é, com razão, um marco do cinema dos anos 70.